O Fim de Tudo...
Divagando na minha própria depressão
A um canto, ignoras a minha existência
E mesmo sem saberes
Marcas-me com o teu poderoso encanto
Sou eu que todos os dias
Contemplo tristemente o teu olhar
E a constituição subliminar da tua elegância
Que me faz chorar quase em vão, recordando-me da minha infância
Na minha obscura mente
Crio negros e perversos planos
De me ocultar no teu andar
Para te apanhar e obrigar-te, a amares-me eternamente
Não me contenho mais
Morro da febre da tua perfeição
Tu és um anjo e eu um demónio
Cairás na minha maldição
O céu está cinzento
E o meu coração também
Levar-te-ei para o holocausto dos meus desejos
Serás minha e mais ninguém
Mas tu não me dás prazer
Só aumentas a intensidade desta dor
Uma e outra vez
Sem ti quero estar sozinho, neste mundo sem cor
Quero mais que o teu corpo
Quero a tua alma
Quero os teus sentimentos
Quero as tuas emoções
Furto o teu beijo
Visto que cheguei até aqui
Para ter recordações doces
Da tua existência
Como te amo
Deixo-te ir...
Deixo-te livre...
Sem te ferir
Só espero algum dia te encontrar
Nem que não seja neste lugar
Que tão bem conheces
Mas tão melhor mereces
E agora sentado
Com um cotovelo no joelho
E a minha mão na minha face
Com a mão oposta coberta em sangue.
Sangue que corre do meu pulso
Com o qual escrevi que te amo na parede, lamentando-me...
E deixo-me esvair até morrer
Adeus...
Sem comentários:
Enviar um comentário