terça-feira, junho 08, 2010

O Fim de Tudo...

O Fim de Tudo...

Divagando na minha própria depressão
A um canto, ignoras a minha existência
E mesmo sem saberes
Marcas-me com o teu poderoso encanto

Sou eu que todos os dias
Contemplo tristemente o teu olhar
E a constituição subliminar da tua elegância
Que me faz chorar quase em vão, recordando-me da minha infância

Na minha obscura mente
Crio negros e perversos planos
De me ocultar no teu andar
Para te apanhar e obrigar-te, a amares-me eternamente

Não me contenho mais
Morro da febre da tua perfeição
Tu és um anjo e eu um demónio
Cairás na minha maldição

O céu está cinzento
E o meu coração também
Levar-te-ei para o holocausto dos meus desejos
Serás minha e mais ninguém

Mas tu não me dás prazer
Só aumentas a intensidade desta dor
Uma e outra vez
Sem ti quero estar sozinho, neste mundo sem cor

Quero mais que o teu corpo
Quero a tua alma
Quero os teus sentimentos
Quero as tuas emoções

Furto o teu beijo
Visto que cheguei até aqui
Para ter recordações doces
Da tua existência

Como te amo
Deixo-te ir...
Deixo-te livre...
Sem te ferir

Só espero algum dia te encontrar
Nem que não seja neste lugar
Que tão bem conheces
Mas tão melhor mereces

E agora sentado
Com um cotovelo no joelho
E a minha mão na minha face
Com a mão oposta coberta em sangue.

Sangue que corre do meu pulso
Com o qual escrevi que te amo na parede, lamentando-me...
E deixo-me esvair até morrer
Adeus...

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