segunda-feira, agosto 16, 2010

A flor cujas pétalas foram roubadas...

A flor cujas pétalas foram roubadas...

Bem-vinda minha flor
Sente-te livre para tirar
A tua roupa interior
Não te quero magoar
Podes-te sentir confortável
Só te quero desflorar
Tentarei ser amável
Pois é a isto que chamo amar

A brancura da tua pele
Deixa-me fora de mim
E os teus olhos cor de mel
Fazem-me assim
Assim pervertido
E tudo o que tens de fazer é obedecer
Ao obedeceres erá mais divertido

Sinto o teu corpo a tremer
Nesta negra brincadeira
Não há nada a temer
Porque insistes dessa maneira
Ser relutante perante o prazer

Começo a entrar dentro de ti lentamente
Neste joguinho de amor sombrio
Amando-te depois vigorosamente
Neste acto malicioso e frio...

Podes deixar de tremer
Pois já terminei
Nunca mais te poderei ver
Mas portaste-te bem
Desculpa não te poder acarinhar
Mas tenho de fugir, de me despachar...

E ao sair pela porta
Ouvi os teus choros de paixão
Mas para mim estás morta
Acabou-se a diversão...

The Darkened Knight

The Darkened Knight

It's failing my memory
Of the epic story
Where the protagonist is a darkened knight
That rose from the ground
And 'till his end shall fight
At his horse galloping sound

I saw him killing and run
At the moonlight and below the sun
Galloping to the east
Seeking for the beast

And he camped on a cave
Thinking about the people he have to save
At sunrise sword on his hand
Galloping through the arid land

After a long journey he found the beast
Duelled it with sword and fist
Killed it without caring about the corpse he left behind
That one day someone shall find...

sexta-feira, agosto 13, 2010

O Vaso de todo o Mal

O Vaso de Todo Mal


I O concílio dos hereges

6 meses antes do início desta história
Uma filha de evangélicos
Foi escolhida ao acaso
Para fecundar o sémen da besta
E dar às trevas o seu filho
Cuja criança o corpo ele irá tomar

E 6 meses passaram
E 2 soldados das trevas
Pela casa da jovem irromperam
Assassinando os seus pais
Para usar o sangue de ambos
No desenho do pentagrama

Pentagrama do qual será invocada a besta
Para que assista ao parto da jovem
E analise se a criança é de seu agrado
E se a rapariga pela qual se movem
Se mantém imaculada
Ou será cruelmente assassinada

E levam-na pelos braços
Enquanto ela grita tipicamente
Calando-a com as mãos
Fazendo-a agitar agressivamente
Mas é inútil
Lutar contra dois demónios...

Chegam então a uma mansão
E deixam-na num corredor
Por este altura rebentam-lhe as águas
E começa aí a dor
Aparecem 6 servos de Satanás
Despindo-a e torturando-a

II O Ritual de iniciação

E por entre as tochas
Cujo fogo era magicamente incessante
Lá ia então a jovem
Nua e caminhando relutante
Enquanto era torturada
À semelhança de Cristo

E os adoradores de Lúcifer
Na jovem desgraçada
Batiam-lhe com varas espinhosas na costas
Para verificar se ela se mantém imaculada
Dando ao seu amo
Um cálice do seu sangue

Os cânticos começam então
E escurecem os olhos da virgem
Começa o mantra satânico
E na jovem a última varada impingem
Colocando o seu sangue num cálice
E o cálice no lado esquerdo do trono do demónio

Então a virgem deita-se
Numa cama de madeira preta
E Satanás é invocado
Ao som de uma corneta
Surgindo então, num pentagrama de sangue
Sangue dos pais da jovem

Por fim o demónio eleva-se ao seu trono
Tomando vários goles do seu cálice
E no gole nono
Exclama batendo com as suas palmas
Que a jovem continua imaculada
E que comece o jogo para seleccionar o parteiro

III O Jogo

Sexta-feira dia 13
Seis pessoas numa cave
Seis facas e uma chave
Uma porta para a salvação
Só um deve sobreviver
E colocado para o trabalho de parto ser

E é neste momento de medo
Que o ser humano não olha meios
Porque ninguém quer morrer tão cedo
E a sociopatia toma conta de todos
E a raiva de querer sobreviver
Fá-los esquecer tudo

E estes seleccionados
Não o foram ao acaso
Foi por serem bastante devotados
Na sua função
Todos eles são padres e freiras
Mas todos querem sobreviver

E no que toca a sobrevivência
Não existe religião
Por maior que seja a demência
Ninguém quer viver a 2 metros debaixo do chão
E cada um pega na sua faca...
E começa a emoção

E gritos de dor
Misturam-se com gritos de raiva
E quem por Deus teve tanto amor
Esqueceu a sua existência
Para que servem as páginas da bíblia então?
Para substituir o papel higiénico...

Por fim um único sobrevivente
Uma freira
Pegou na chave
E chorou de tal maneira
Que lavou o sangue da maçaneta da porta
Foi salva, e colocada como parteira


Continua...

terça-feira, agosto 10, 2010

Cantos de Ódio

Cantos de Ódio

Contorce-se o meu corpo
Com a ira gerada do tédio
E um grito que ecoa
No vazio do cérebro de insípidos
Espalhando mensagens de raiva e ódio
Ridicularizadas e ignoradas

E enquanto o bater do meu coração
Compõe uma música violenta
A suavidade da tua voz feminina
Tenta moldar essa música
Adicionando-lhe uma melodia harmoniosa
A qual eu destruo e calo
Com um barrote de ferro
Entretendo-me a magoar corpos humanos

No compor de uma obra épica de gritos de dor
Oiço engrenagens de maquinaria
Que despertou o meu interesse
E decidi acabar a minha obra em grande
Colocando um corpo de cada vez
Num dobrador de metal
Enquanto me ria cruelmente do esgar das pessoas

Assim pus fim à minha magnífica obra
Gravada com um microfone barato
E enfiei-me numa caixa de madeira
A escutar a minha adorável composição
Tentando lembrar-me das caras e do esgar de cada um

Mas a insatisfação ainda corria dentro de mim
Fui buscar a mulher da minha vida
Que me recusou rudemente
Inconsciente da minha perfeição
Amarrei-a a uma árvore
E açoitei-a lentamente
Fiz-lhe um corte grave
E fiquei a olhar para os seus belos olhos
Da cor do céu
Enquanto ela se esvaia em sangue
E suplicava por ajuda

Depois de levar o cadáver para os meus aposentos
Explorar o corpo para necrofilia
Separar os seus órgãos por divertimento
Voltei agora satisfeito, para o meu solipsismo

terça-feira, agosto 03, 2010

Euforia de Misantropia

Euforia de Misantropia

Lágrimas de álcool doce
Constituem o rio do meu Reino
Um Reino onde eu próprio me perdi
Um Reino demasiado perfeito
Demasiado perfeito para um criatura reles
Um criatura reles como o humano!

Assassinos! Insípidos! Avarentos!
E pepitas de ouro
Em montanhas de carvão
Que me fogem
Misturando-se com a poeira da correria
Da correria de cavalos domésticos

E tentam constantemente poluir o rio de lágrimas de álcool doce
A que na verdade chamam linha de pensamento
Mas sou demasiado perfeito
Demasiado perfeito para corresponder com o típico padrão humano
E as lágrimas de álcool doce essas
São as filosofias utópicas incompreendidas

E sim, o meu rio são só lágrimas de álcool
Para que quero saber da realidade?
Mergulho cada vez mais fundo no meu rio
Para esquecer o distúrbio que paira à minha volta
Prefiro viver de irrealidades mentais e precárias
Do que ajustar-me a uma sociedade em que não encaixo

E tentando afogar-me no rio
Entrei num sonho
Ouvi a voz do proclamado omnipotente
Que me ofereceu a ascensão ao seu Reino
Lançando-me uma corda
E eu puxei-a

Puxei a corda que não passava disso
Pura e simplesmente uma corda
E ao acordar desse sonho
Acordei com uma corda na mão
Com o tamanho ideal para um enforcamento
Pensei para comigo: "Quem me dera enforcar a humanidade inteira..."

Então enforquei-me eu...
Se eles não saíram do meu caminho
Encontrarei um novo caminho noutro lado

E então o mundo que imaginei tornou-se real
Um mundo onde torturo um de cada vez
Todos os seres humanos que habitam a Terra
E outrora a habitaram
Deixando claro, as pepitas de ouro livres
E deitando brasa no carvão

Posso dizer que consegui...
Sou o único
O único que pôs a misantropia em prática