Relógio
Cai no oblívio a tua verdadeira função
Ouço o teu sadicamente repetitivo TIC TAC
Um prazer para a minha audição...
E só espero que por o sentir ninguém me ataque
Contas o tempo até ao fim dos meus dias
E até ao fim dos meus dias te escutarei
Recordo o meu passado que tão atentamente lias
E lamento imenso se alguma vez te ignorei
Marcaste o primeiro segundo da minha vida
E começaste a contagem decrescente para o meu findar
Devia odiar-te por deixares a minha motivação perdida
Mas sento-me escutando-te até decidires parar
E se contaste o primeiro segundo da minha vida
E se ninguém se lembrar de te colocar na sua lista de saque
Contarás pois também o último sem ser interrompida
A tua sádica sonoridade: "Tic... tac.... tic... tac... tic... TAC!"
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