Ao novo acordo ortográfico
Desejo tomar uma acção
Com "c" antes da cedilha
E a quem o tirou, um ladrão
Violarei gloriosamente a filha
E enquanto os seios dela mordo
Com vingança no meu coração
Ignorarei orgulhosamente o acordo
Com o espírito dos poetas desta nação
Retiro-me agora para me dirigir então à pharmácia...
Sou o Luíz, um português e poeta de 15 anos
Meu nome escreve-se com "z" e lusitana é a minha raça
Pouco me interessa se considereis meus poemas profanos
Com o espírito dos poetas desta nação
Nem que a vingança seja apenas ignorar
Terei o puro português no meu coração
Luíz D'Andrade (Dominique Martinho)
Lírica vermelha, social, conflituosa, introspectiva, preocupada, livre, patriótica, agressiva, gritada, dolorosa e apaixonadamente manufacturada.
segunda-feira, fevereiro 28, 2011
quarta-feira, fevereiro 23, 2011
Maria-da-Manta e a fome dos lagos
Maria-da-Manta e a fome dos lagos
Maria-da-manta de olhos cruéis e tão flamejantes
Quanta fome saciaste desses milhentos lagos de amargura
Quanta criança magoaste com tua brilhante cornadura
Afogando-as nesses lagos e ouvindo seus gritos alarmantes
Serás assim tanto um mito, assim tanto um mito como te tomam
Oh tu, maldade que apoquentas crianças em histórias
Que permaneces na idade de inocência nas suas memórias
Esses seres que demonstram uma liberdade que tanto lhes roubam
Acordas as crianças que tão descansados dormem
Atraindo-as com o fogo dos teus olhos, esse símbolo
Da tua maldade culpada, dos pequenos que somem
Vês a sua cara de sofrimento, nesses lagos nefastos
Caso não seja de todo turva, mas cristalina a sua água
E ninguém de ti sabe pois és sublime, e não deixas quaisquer rastos
Maria-da-manta de olhos cruéis e tão flamejantes
Quanta fome saciaste desses milhentos lagos de amargura
Quanta criança magoaste com tua brilhante cornadura
Afogando-as nesses lagos e ouvindo seus gritos alarmantes
Serás assim tanto um mito, assim tanto um mito como te tomam
Oh tu, maldade que apoquentas crianças em histórias
Que permaneces na idade de inocência nas suas memórias
Esses seres que demonstram uma liberdade que tanto lhes roubam
Acordas as crianças que tão descansados dormem
Atraindo-as com o fogo dos teus olhos, esse símbolo
Da tua maldade culpada, dos pequenos que somem
Vês a sua cara de sofrimento, nesses lagos nefastos
Caso não seja de todo turva, mas cristalina a sua água
E ninguém de ti sabe pois és sublime, e não deixas quaisquer rastos
sexta-feira, fevereiro 18, 2011
A Serenata Lunar
A Serenata Lunar
O cenário era adequado
Uma noite de lua cheia
Um vento bem atenuado
Ela no lugar de Dulcineia
Os seus cabelos eram da cor da treva
Do lugar onde antes me encontrava
Segui-lhe sem perguntar p'ronde me leva
Esquecendo o inferno em que estava
No entanto eu era um trovador do povo
E ela uma senhora de alta sociedade
Mas é mais forte a razão porque me movo
Desistir nunca... tal é a insanidade.
Cantei-lhe com uma voz bem treinada
Motivado pela minha profunda paixão
Só queria agradar à minha amada
Mostrar-lhe o que bombeava meu coração
Era Inverno e o frio reinava
Mas ela desceu e veio ter comigo
O seu cabelo doce me chicoteava
E congelamos os dois para castigo
Os dois congelados por uma infracção
A alta sociedade metida com o vulgo
Ela nunca me mostrou o seu coração
Mas sentia o mesmo que eu, julgo...
O cenário era adequado
Uma noite de lua cheia
Um vento bem atenuado
Ela no lugar de Dulcineia
Os seus cabelos eram da cor da treva
Do lugar onde antes me encontrava
Segui-lhe sem perguntar p'ronde me leva
Esquecendo o inferno em que estava
No entanto eu era um trovador do povo
E ela uma senhora de alta sociedade
Mas é mais forte a razão porque me movo
Desistir nunca... tal é a insanidade.
Cantei-lhe com uma voz bem treinada
Motivado pela minha profunda paixão
Só queria agradar à minha amada
Mostrar-lhe o que bombeava meu coração
Era Inverno e o frio reinava
Mas ela desceu e veio ter comigo
O seu cabelo doce me chicoteava
E congelamos os dois para castigo
Os dois congelados por uma infracção
A alta sociedade metida com o vulgo
Ela nunca me mostrou o seu coração
Mas sentia o mesmo que eu, julgo...
quinta-feira, fevereiro 10, 2011
A ninfa da floresta
A ninfa da floresta
Estava preso a uma enorme árvore
Pela rudeza do aço de uma seta
E uma repentina aragem fria de mármore
Decidiu residir naquela floresta
Estranhara a aragem pois o dia não estava ventoso
Mas via um vulto correndo com algo na mão
Chamei por essa pessoa que me deixara curioso
Era uma jovem que diante de mim parou então
Uma autêntica ninfa da floresta com uma flauta de pã
Um corpo extremamente sensual que seduziria qualquer homem
Envergava umas vestes verdes e curtas e uma mala de lã
E começara uma melodia à medida que as minhas dores somem
"Quem és tu jovem que enche a minha alma de calor?"
Perguntei-lhe, nunca havia visto esta beldade
"Eu sou a dona desta floresta, meu senhor"
Disse-me ela... em tom de crueldade
Não percebi o tom de crueldade na sua voz
Até que vi um arco e 3 flechas onde deviam constar 4
Estava preso a uma enorme árvore
Pela rudeza do aço de uma seta
E uma repentina aragem fria de mármore
Decidiu residir naquela floresta
Estranhara a aragem pois o dia não estava ventoso
Mas via um vulto correndo com algo na mão
Chamei por essa pessoa que me deixara curioso
Era uma jovem que diante de mim parou então
Uma autêntica ninfa da floresta com uma flauta de pã
Um corpo extremamente sensual que seduziria qualquer homem
Envergava umas vestes verdes e curtas e uma mala de lã
E começara uma melodia à medida que as minhas dores somem
"Quem és tu jovem que enche a minha alma de calor?"
Perguntei-lhe, nunca havia visto esta beldade
"Eu sou a dona desta floresta, meu senhor"
Disse-me ela... em tom de crueldade
Não percebi o tom de crueldade na sua voz
Até que vi um arco e 3 flechas onde deviam constar 4
sábado, fevereiro 05, 2011
Deus Eu Sou Chamado
Deus Eu Sou Chamado
Eu sou a tua mais indesejada dor
Sou toda a tua triste miséria
O teu mais profundo horror
Eu sou o cancro terminal
Culpado da tua indesejada calvície
Eu adianto o que te faz mortal
Eu entro em ti pelos poros da tua pele
Espalhando tanta agonizante dor
Como quantas meninas há num bordel
Eu sou a tua ferida que não sara
O ardor mais horrível que sentiste
O mais sincero esgar na tua cara
Eu sou a tua grande depressão
O teu infortúnio psicológico
O motivo da tua desmotivação
Eu sou a raiva e a cobiça
O ódio e o seu promovedor
Eu sou a tua corcunda que se iça
Eu sou os pesadelos que te não largam
A razão para teres medo de dormir
Todas as imaginações que se amargam
Eu sou aquele que vê o que fazes
E verifica se metes o pé na linha
Para te lançar um dia em fogos vorazes
Eu sou aquele para quem tu rezas
Na esperança de seres salvo
Em quem deixas inúteis promessas
Chama-me Deus mas eu sou a Malevolência
Setecentas e uma vezes disse que te odeio
Se não o entendes é tua a deficiência
Eu sou a tua mais indesejada dor
Sou toda a tua triste miséria
O teu mais profundo horror
Eu sou o cancro terminal
Culpado da tua indesejada calvície
Eu adianto o que te faz mortal
Eu entro em ti pelos poros da tua pele
Espalhando tanta agonizante dor
Como quantas meninas há num bordel
Eu sou a tua ferida que não sara
O ardor mais horrível que sentiste
O mais sincero esgar na tua cara
Eu sou a tua grande depressão
O teu infortúnio psicológico
O motivo da tua desmotivação
Eu sou a raiva e a cobiça
O ódio e o seu promovedor
Eu sou a tua corcunda que se iça
Eu sou os pesadelos que te não largam
A razão para teres medo de dormir
Todas as imaginações que se amargam
Eu sou aquele que vê o que fazes
E verifica se metes o pé na linha
Para te lançar um dia em fogos vorazes
Eu sou aquele para quem tu rezas
Na esperança de seres salvo
Em quem deixas inúteis promessas
Chama-me Deus mas eu sou a Malevolência
Setecentas e uma vezes disse que te odeio
Se não o entendes é tua a deficiência
terça-feira, fevereiro 01, 2011
A Preguiça e a Depressão
A Preguiça e a Depressão
Para a doce e gloriosa desgraça
Caminho em fervorosa marcha lenta
Para o infortúnio e total miséria
Esmagado por toda a sua massa
A dor desune as células do meu corpo
A desintegração é lenta e dolorosa
Estar morto deixou de ser um capricho
E passou a ser a mais intensa das necessidades
Enraivecido pelo sentimento de culpa
Tento coloca-lo furiosamente nos outros
O falhanço é recuperável embora difícil
E então renego-o orgulhosamente
Nos confins da depressão sem razão
Me enterro sem qualquer necessidade
Continuo nos meus queixumes egocêntricos
Tal a revolta do meu desentendimento
Este desentendimento comigo próprio
Na procura da inexistente razão
Para querer sempre mergulhar mais fundo
Mergulhar mais fundo em direcção à miséria
Tenho ouro, prata e até bronze
Mas para mim é tudo lata barata
A dor de alma rodeia-me impenetrável
Deixando-me sem ter para onde ir
Devia fazer algo que me desse honra
Mas prefiro não o fazer e encostar-me
Dizer que estou deprimido e em agonia
Esperar pelo fim repudiando o esforço
Para a desgraça!
Aqui vou eu!
Sem um justificável porquê...
Para a desgraça!
Aqui vou eu...
Para a doce e gloriosa desgraça
Caminho em fervorosa marcha lenta
Para o infortúnio e total miséria
Esmagado por toda a sua massa
A dor desune as células do meu corpo
A desintegração é lenta e dolorosa
Estar morto deixou de ser um capricho
E passou a ser a mais intensa das necessidades
Enraivecido pelo sentimento de culpa
Tento coloca-lo furiosamente nos outros
O falhanço é recuperável embora difícil
E então renego-o orgulhosamente
Nos confins da depressão sem razão
Me enterro sem qualquer necessidade
Continuo nos meus queixumes egocêntricos
Tal a revolta do meu desentendimento
Este desentendimento comigo próprio
Na procura da inexistente razão
Para querer sempre mergulhar mais fundo
Mergulhar mais fundo em direcção à miséria
Tenho ouro, prata e até bronze
Mas para mim é tudo lata barata
A dor de alma rodeia-me impenetrável
Deixando-me sem ter para onde ir
Devia fazer algo que me desse honra
Mas prefiro não o fazer e encostar-me
Dizer que estou deprimido e em agonia
Esperar pelo fim repudiando o esforço
Para a desgraça!
Aqui vou eu!
Sem um justificável porquê...
Para a desgraça!
Aqui vou eu...
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