Maria-da-Manta e a fome dos lagos
Maria-da-manta de olhos cruéis e tão flamejantes
Quanta fome saciaste desses milhentos lagos de amargura
Quanta criança magoaste com tua brilhante cornadura
Afogando-as nesses lagos e ouvindo seus gritos alarmantes
Serás assim tanto um mito, assim tanto um mito como te tomam
Oh tu, maldade que apoquentas crianças em histórias
Que permaneces na idade de inocência nas suas memórias
Esses seres que demonstram uma liberdade que tanto lhes roubam
Acordas as crianças que tão descansados dormem
Atraindo-as com o fogo dos teus olhos, esse símbolo
Da tua maldade culpada, dos pequenos que somem
Vês a sua cara de sofrimento, nesses lagos nefastos
Caso não seja de todo turva, mas cristalina a sua água
E ninguém de ti sabe pois és sublime, e não deixas quaisquer rastos
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