O Lunático e o frio
Um Inverno poderoso e iminente
Uma floresta coberta de neve,
Todo o animal passeia indiferente
E eu espero a morte que me leve
Uma magnífica tocata de violino
Ecoa ainda na minha cabeça,
E oiço um fúnebre e forte sino
Até à morte que meu corpo arrefeça
Magnífica tocata que foi tocada
Não há muitas horas desde que então,
Neste triste heterocosmos dei chegada
E morro devagar até parar meu coração.
Um lunático sou, mente a melodia,
Que a mente para sempre me roubou
Pela sua graça de melancolia,
Morri mas o mundo não me chorou...
Mas a chuva decidiu cair ali,
Ainda havia a esperança,
A neve derreteu e fugi dali
Vendo as árvores e a sua dança.
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