terça-feira, agosto 30, 2011

Em Dezembro te espero...

Em Dezembro te espero...

Moribundo de tristeza caminho para o abismo
Em linha recta mantenho o passo tremulento,
O frio que sinto sem ti é-me um sismo
Vens parar-me e aquecer-me contudo o tempo é lento;

És o astro humano que derrete o gelo em meu redor
Leva-me numa curva para longe desta recta suicida,
Mostrando-me, fazendo-me ver e sentir amor
Dando cor à foto monocromática que resume a minha vida;

Vem em Dezembro ser a lareira do meu coração
Molécula formada por dois átomos, os nossos lábios,
Perdidos os dois nos vales da mais pura paixão
Algo incompreensível até para os mais sábios;

Vem mudar por favor para um acorde maior
Esta melodia obsoleta que não consigo cessar,
Rasga-me a pele da alma sabê-la de cor
O ritmo dá-lhe meu coração que contigo vai acelerar;

Pintaria apaixonadamente o teu retrato
Mas infelizmente não tenho esse talento,
Não deixas de ser a musa de cada verso que trato
Dezembro vem depressa ou de saudade rebento;

Um "espero por ti" resplandece neste verso
Oh tu, que és a Rainha do meu Universo...

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