Efeito Sereia
Nunca perversamente abordado
Porque quem jamais desejara,
Tão pouco gravemente chocado
Mas sorriso de besta jaz na sua cara;
Somente o gosto de rosas despetalar
Demasiado jovens para serem despidas,
Um prazer de nas mãos as esmagar
Sujando-as de escarlate e do fim de vidas;
Talvez à crueldade se entregou
Por um sonho que lhe proibiram,
Mais, uma sereia para quem navegou
E só ao embater num rochedo se viram;
Um monstro criado pela desilusão
A ilusão que descansa lânguida numa pauta,
7 ou 6 cordas agarram o seu coração
Pela nébula dos sonhos, um cosmonauta...
Não... não é nem nunca será um monstro...
Só mais um proletário para sobreviver,
Sodomizado pelos que fizeram o mundo
Caminhando de costas para o verbo morrer.
Lírica vermelha, social, conflituosa, introspectiva, preocupada, livre, patriótica, agressiva, gritada, dolorosa e apaixonadamente manufacturada.
quinta-feira, setembro 29, 2011
quinta-feira, setembro 22, 2011
Um fraco...
Um fraco...
Sinto a morte nas nozes dos meus dedos
Loucura que me assola para a libertar,
Raiva, uma descarga eléctrica sem medos
Ira, uma árvore cujo fruto é o seu esgar;
Uma colher tiro do boião da fúria
E uma pitada cuidada de forte ódio,
Desdém para com a inútil lamúria
Cuspindo em feridas cloreto de sódio;
Morte! Eu te liberto desta tua prisão!
Forço a tua jaula que embate no meu oponente,
Rasga-se a pele e tal águia voas então,
Caçando a tua presa tão elegante e vorazmente!
Sirvo com os punhos um refeição de cicuta
Paciência, uma bonita flor que morreu,
No seu funeral uma tragédia, tão abrupta
Mas o cadáver... o corpo... é o meu...
Olhei para mim, pele, ossos... morto...
Um fraco, os fracos não matam ninguém...
Sinto a morte nas nozes dos meus dedos
Loucura que me assola para a libertar,
Raiva, uma descarga eléctrica sem medos
Ira, uma árvore cujo fruto é o seu esgar;
Uma colher tiro do boião da fúria
E uma pitada cuidada de forte ódio,
Desdém para com a inútil lamúria
Cuspindo em feridas cloreto de sódio;
Morte! Eu te liberto desta tua prisão!
Forço a tua jaula que embate no meu oponente,
Rasga-se a pele e tal águia voas então,
Caçando a tua presa tão elegante e vorazmente!
Sirvo com os punhos um refeição de cicuta
Paciência, uma bonita flor que morreu,
No seu funeral uma tragédia, tão abrupta
Mas o cadáver... o corpo... é o meu...
Olhei para mim, pele, ossos... morto...
Um fraco, os fracos não matam ninguém...
segunda-feira, setembro 12, 2011
Bandeira Vermelha
Bandeira Vermelha
Aí vêm as ondas violentamente
Como que zangadas e a gritar,
Engolindo toda a gente
Que no seu caminho se cruzar;
Cheio de ódio o mar destruindo
Com vigor, firmeza e vaidade,
Vejo a enorme falésia ruindo
E o ócio das pessoas da cidade;
Possuído de raiva vem o mar,
Que a um ataque de leões se assemelha
Sendo os descuidados a presa a caçar,
Ignorando uma ofuscante bandeira vermelha.
Aí vêm as ondas violentamente
Como que zangadas e a gritar,
Engolindo toda a gente
Que no seu caminho se cruzar;
Cheio de ódio o mar destruindo
Com vigor, firmeza e vaidade,
Vejo a enorme falésia ruindo
E o ócio das pessoas da cidade;
Possuído de raiva vem o mar,
Que a um ataque de leões se assemelha
Sendo os descuidados a presa a caçar,
Ignorando uma ofuscante bandeira vermelha.
terça-feira, setembro 06, 2011
O Regresso do Frio
O Regresso do Frio
As noites deixaram de ser quentes
Para anunciar que o Outono está a chegar,
Vão embora os pássaros a cantarolar
Mas é doce o frio, não o sentes?
Uma percussão nos meus pés, as folhas caídas
"Já chegou!" exclamo com felicidade,
E imagino melodias bonitas cheias de suavidade
Enquanto caminho por entre as árvores despidas;
Curiosamente este ano maior o frio
O gelo da solidão em mim se derrete,
Pois vou tê-la por perto num dia de entre 7
Mais forte o frio mais forte eu sorrio;
Sinto saudades de vestir uma camisola pesada
O desespero de chegar a casa para me aquecer,
Pôr a conversa em dia com quem tanto quero ter
É no frio que estou bem, preferência errada?
As noites deixaram de ser quentes
Para anunciar que o Outono está a chegar,
Vão embora os pássaros a cantarolar
Mas é doce o frio, não o sentes?
Uma percussão nos meus pés, as folhas caídas
"Já chegou!" exclamo com felicidade,
E imagino melodias bonitas cheias de suavidade
Enquanto caminho por entre as árvores despidas;
Curiosamente este ano maior o frio
O gelo da solidão em mim se derrete,
Pois vou tê-la por perto num dia de entre 7
Mais forte o frio mais forte eu sorrio;
Sinto saudades de vestir uma camisola pesada
O desespero de chegar a casa para me aquecer,
Pôr a conversa em dia com quem tanto quero ter
É no frio que estou bem, preferência errada?
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