quinta-feira, dezembro 08, 2011

Desenharam-me o caminho, tanto lhes devo

Desenharam-me o caminho, tanto lhes devo

Experimentei a queda que me pareceu eterna
Lambendo o pó do chão para tentar sobreviver,
Sangrando, inútil e esmagada cada perna
Só me fez recusar a sumbissão à morte e ver
Um paraíso tão longe tão perdido quanto eu,
Que a mesma devastação passou e não morreu;

Senti os pulmões apodrecer dentro de mim
A carne que me compõe toda ela um cancro,
O coração derretido batendo como no fim
Cada batimento uma lágrima que sangro;

Abençoado por usar o pretérito perfeito
2 almas deram-me o antídoto para o veneno,
O veneno da desilusão que me deixou desfeito
Arde o meu coração, como que banhado de benzeno,
De alegria, que como visão nocturna indica
Na mais escura noite, onde a minha plenitude fica!

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