domingo, março 25, 2012

Chessboard

Playing chess with us, the so-called mankind
Submitting us to slavery, and so many lies were told
Claiming the world as theirs, nailing it to our mind
Blinding us so perversely, with the glow of their gold,
A tired and sick man shouting, he have had enough
A dead man laying, and rotting on the floor
We're all equal, we're all the same, yet some treated so rough
It's so putrid, it's so disgusting, what is in the society core
What is authority? What is justice?
What is the right to make rules?
Demons, with such dark malice
Filters of happiness... Turning us into tools...

segunda-feira, março 19, 2012

Sismo de Honra

Sismo de Honra

Venho descendo cansado do alto monte
Em anos gastos escravizado me libertei
Que me valeu isso deixa que te conte
Morte ceifou-me, na rebelião me queimei

O conde de ouro é dono da propriedade
Pegou-a com as suas mãos e abanou-a
Sou nada, um caco de desprezável humildade
Com caos a minha existência, encantou-a

Fraco, a terra racha-se nos meus pés
Uma garganta fraca que falou alto
Purgo a dita insolência, perdi as fés
À espera de cair num involuntário salto

O meu corpo impotente voa com o tremer
O monte atira-me violentamente para o sopé
Sinto a velocidade de eu, que sou nada, crescer
Sinto o sabor da terra e do sangue até

Lembro o primeiro osso rachar e mesmo a dor
Depois morro um nada como nada que fui e vivi
Não sintam pena de mim ou sequer algum horror
Porque foi por ser um péssimo nada que eu tragicamente morri

sábado, março 10, 2012

Recebe aquela que segura a espada

Recebe aquela que segura a espada

Não deixes que o escudo te proteja
Da espada que vem cheia de paixão
Que penetre em ti onde quer que seja
A magia chegará sempre ao teu coração

Deixa-te dominar por essa coisa mais pura
A espada trespassa-te mas não há qualquer dor
Se ela em vier em verdade descansa que dura
É a felicidade proveniente do amor

Agora deixa que ela caminhe na tua direcção
Recebe-a nos teus braços e deixa-te possuir
Beija-a, acarinha-a, abre o teu coração
Levanta agora o escudo, que nada vos possa destruir

No meio do caos, que a paixão não morra

sexta-feira, março 02, 2012

A Verdade

A Verdade

Eles vêm em bandos de uma cripta
Com a sua aparência angelical, formal e aterradora
Eles são uma horda sempre invicta
Deste circuito de almas processadora

A alma que foi um termo introduzido
Por essa espécie isenta de emoção
À salvação dela somos induzidos
Mas nesse caminho encontramos a perdição

Quem não se dirige para essa perdição
É conduzido para o lado oposto da estrada
Em ambas as bermas a palavra compaixão
Provém de um língua morta ainda não decifrada

Solução fácil, colocar-se no meio
Mas é na estrada que passa o tráfico
Ama, sê feliz, não tenhas receio
Só um carro que te faça óbito em termo demográfico

O rosto dessa horda de criaturas é humano
A expressão é desumanamente fria
E todos agem de acordo com o plano
Onde consta também como nos aniquilaria

E são mestres musicais que uma crise compuseram
Abandonam as criptas voando pálidos sem expressão
E uma mensagem de miséria com eles trouxeram
Ordenando a nossa dolorosa e lenta execução

Quem nunca soube o que é perder
Provará isso mesmo o quanto antes
Perder-se à si mesmo com muito sofrer
Perante tais criaturas possantes

O porquê ninguém se digna a perguntar
E quem perguntasse não tem como obter resposta
Nem tem poder para a poder procurar
E se a encontrasse, do que vê não gosta

E no fundo são ornamentos essenciais
A procura por algo doce para a mente
Uma maneira de escapar a estes festivais
De carnificina lenta, mas só ilusoriamente

Um banho de luxo no sangue da nação
A fome e loucura é tanta, canibalismo
Já nem sentem dor, já estão sem coração
E as criaturas odiáveis observam o cataclismo

A pergunta do porquê não me larga
Iludem com aparência de anjo mas a mente é psicopata
E em anos de procura encontrei uma resposta amarga
Passo a revelar: Há anos que...

E oiço o som do meu próprio corpo a cair ao chão...