Momento de Fraqueza II
E nasce o ódio nas minhas mãos
Onde padece esse maldito crânio
Que protege o cérebro da desilusão
Canceroso como exposto a urânio
E para as minhas mãos olho com raiva
Com raiva e com nojo da ossada
Vou destruí-la com força de saraiva
Ver o cérebro rebentar e mais nada
De quem é este cérebro, surge a questão
Não é de ninguém, eu sei que é estranho
Mas não é mais que fruto da minha imaginação
Algo para culpar, porque mais nada tenho
Algo para dizer que me destronou
E com tinta me tatuou injustiça
Uma maldição com que me derrobou
Quase como num acto de imatura cobiça
E eu queria tanto chegar àquela estrela
A minha estrutura e massa é perfeita para a colisão
Mas com esta praga... nem vê-la...
Bombeia sangue a fracas golfadas o meu coração
E eu que nem nunca fiz nada de mal
Aperto com força este crânio nojento
Mas logo me lembro que ele é irreal
Quem pagará por este sofrimento?
E morre o ódio para dar lugar à desilusão...
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