quarta-feira, novembro 14, 2012

Sofisticar e Confundir: Momentos de Misantropia Tão Incontroláveis Que Me Florescem Nos Poros da Pele

Num contemplar da existência
Vejo largados ao mundo,
Uma massa de corpos sem qualquer essência
Que não exibem valor nem em um segundo,
Que na minha face mais cruel
Me fazem pensar que aqui estão a mais,
Mas porque a bondade é o meu verdadeiro papel
Digo apenas que são seres iguais,
Sem nada que os distinga
Um par esférico tão vazio,
Que parece que da ponta de uma seringa
Lhes deram o que balbucio
Ser o fim do sofrimento vitalício...

Pois as lamentações que esses parasitas cospem sobre um formulário
Não correspondem a uma vírgula da definição de dor no meu dicionário,
E assim que intersecto o seu hediondo e reles modo de olhar sobre a vida
Sinto asco perante tamanho hedonismo imundo e pergunto-me se lhes é merecida...

Dançam e divertem-se em varões barrados de matéria fecal
Olhos vazios apenas para localizar o mais barato prazer,
Há tantos bordéis à minha volta que o cheiro me faz mal
E no mais profundo e incontrolável âmago do meu ser...
Desejo-os ver sofrer...
Tal como Humanos que fazem valer a sua alma
Pois é naqueles que vêm apenas o seu desalmado deleite,
Que encontro tantas vezes o meu inferno
Que só é derrotado pelo meu amor eterno...


Sofisticada podridão, confundindo a bondade de certo coração...

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