Febril odioso, por atalhos de carmesim,
O sangue de quem perfidamente
Traçou rota diante de mim,
Ecoa da garganta do oblívio, a execução aviltante,
E eu na minha passada cerimonial
Celebro a morte do meu semelhante,
Lembrando aço que rasga a carne, com todo o prazer,
E como poderei eu olvidar
Cada olhar do seu padecer,
A cada aurora recordo sonhos, em que oiço os seus prantos,
O meu descanso é o meu inferno
Quando a sua agonia na memória me embala,
São vultos de tenebrosos cantos
É sede e dor omnipresente
Fastio de vingança iminente...
E entrego-lhes o epitáfio do seu Deus
Quando nada os acode num último adeus.
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