sábado, junho 07, 2014

Luta de Classes II - Gripagem

A correia parte-se e o aparelho pára
Instala-se o pânico numa encenação,
Os responsáveis de sempre, sairá cara
A injusta cobiça dos que não têm coração;

Somos muitos presos no jugo do capital
Calados por uma dor de querer respirar,
Em liberdade, igualdade, à escala global
Colectivamente no fervoroso levantar,
De uma realidade que em si consiga,
Fazer a máquina socorrer a vontade
Deixando de ter a faceta de inimiga,
Representando a exploração sem dignidade
Do homem pelo homem, determinando
Condição de existência pelo nascimento,
São o chassis a que boquiaberto admirando
O outro atribui a grandeza do talento;

O outro que nasceu também para se revelar
Capô por vontade divina que assim respeita,
Um engenhoso e ridículo manipular
Passado de geração em geração por mística seita;

O que não vêem é o núcleo do mecanismo
A classe que é a verdadeira engrenagem,
A maioria oprimida atirada para o consumismo
Submissa aos termos do capitalismo selvagem;

Silenciada, esmagada, pela carroçaria
Que se abrilhanta com os melhores dos luxos,
Enquanto o motor sobreaquece na noite mais fria
Debatendo-se com o exterior como quem vaza cartuchos
Como quem desobedece à classe dominante
Como quem grita de punho cerrado, com vontade determinante
Que está na altura de chegar o derradeiro dia
E numa gripagem de classes exterminar-se a burguesia!

A Revolução iminente!

quarta-feira, junho 04, 2014

Uma Epopeia Vermelha

Invocados para este injusto mundo
Por mentes como Marx e Lenine,
Não esperar nem mais um segundo
Para que este sistema se afine,
É uma orquestra dissonante
Dirigida de forma corrupta,
Inconformidade constante
Para com esta mentira absoluta,
Republicanas monarquias
Campanhas são contos de fadas,
Oposição central promete magias
Em poder são dilaceradas,
O nosso destino na nossa mão
Inspirados por Trotsky e Che,
E lutemos sem hesitação
Pela democracia que já não a é,
Recuperemos a soberania de Portugal
É preciso que a direita caia,
Com a determinação de Cunhal
Com a força de Otelo e Maia,
E sobretudo com a audácia de um povo
Amansado pela mentira,
Que está condenado a insurgir de novo
Seja com paz, seja com ira!
Pois cada voz é mais um grão
Neste areal de Revolução!